quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nigéria, Ilê Ifé e visto RECUSADO






From: Daniel Lima

Sent: 23 September 2009 12:53

To: Mahfuz, Roberta (Brazil)

Subject: RE: Nigeria - UK - Brazil

Olá Roberta,

(...)

Sobre o caminho, continua o mesmo na realidade. Apenas tem aprofundamentos específicos que surgiram aqui. A questão da migração em Londres está relacionada com a história da Longitude (Greenwich) e também com a Yorubaland. Na verdade é um bom desenho triangular entre as realidades do Brasil, UK e Nigeria. Os ingleses através da tecnologia da navegação conseguiram a supremacia no mar, e através disto tornaram-se os maiores mercadores de escravos que saiam em grande parte do porto de Lagos e que eram transportados para o Brasil. Então nossas histórias estão conectadas em um triângulo de mercado que afinal formou o que cada uma das três nações é hoje.

Bjs

Daniel

...

Hi Solagbade,

Thanks for your awnser.

Since 5 years the British Council in Brazil give a award to 10 artists that want to make a artist residence in UK. It’s a period for 2 or 3 months. This year I was selected and came to Britain this month.

The main issue of my project is migration. As a artist I’m looking to some places, objects and situations that can put some meaning of migration like a metaphor. In that case Here there is this place Greenwich that become a mark to the Britain and European way to think. This place was a important centre of developing instruments of navigation but also mark the zero longitude line that estabilish a kind of centre of the world.

In other way the Afro-Brazilian culture has a very important presence of the Yoruba culture. The Camdomble in all most part of Brazil is from the Yoruba nation. In some recent studies I found that in Yoruba mythology the city Ile Ife is know as a centre of the world, where Oduduwa put the land and the chickens and the man spread around the world.

So here I thought that it will be a interesting connection between Greenwich and Ife. The both places are consider in some way as centre of the world. But both reveals different world’s conception, different philosophy and some time opposites. This is my hypotheses.

My intention is take photos of this two places. Interview some persons that can go deep in this discussion in two perspectives. Feel those sites in a live experience not as a theory.

So I need help to understand how things work in Nigeria. There’s lot of fear here in London about travel to Nigeria. Also it will be important has someone to interview about this issue. And if possible someone to contact when I be there that can make a kind of consulting about how to travel and move in Nigeria.

In fact the British Council will not help in that trip because I suppost to be here in UK. But I want to do this also as a political statement.

There is a official website of the Bristish Council

http://www.artistlinks.org.br/index.asp?lg=ing&idcat=14&idart=30

Also a blog that I’m working on

http://standingoftheshouldersofgiants.blogspot.com/

All best,

Daniel Lima

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From: oluwole oshota

To: danielcflima@yahoo.com

Sent: Sunday, September 20, 2009 2:22:53 AM

Subject: RE: Nigeria - UK - Brazil

Dear Daniel,

It was nice to hear from you about your research interest and intention to travel Ile-Ife. Concerning your your choice of Ile-Ife I am sure is a good decision as there are original stories, myths and legend about origin of life / man kind there. Although, I do not know how much preparation and the specific stuff you will really need me to comment on but I will be willing and try to provide information as you may want me to. You will need to talk to three distinct groups of peoples: the Ifa priest, the academics, and King,s palace. You will find questions and stories around the Oduduwa Atewonro; and also the journey of the gods very useful. Pls. let me know what other qustions you may have and provide me with your resume if possible.

Extend my kindest regards to Rita and other friends over there in Brazil.

Warm regards,

Oluwole Oshota

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From: Daniel Lima

Sent:

To: Mahfuz, Roberta (Brazil)

Subject: RE: Nigeria - UK - Brazil


Bem e sobre a viagem à Nigéria, está mais complicado do que imaginava. Hoje passei quatro horas na fila para o visto! E não consegui. Preciso de uma Invitation Letter. Eles alegam que eu tenho que tirar o visto no Brasil ou conseguir um "blue card" no Consulado do Brasil. Também pedem uma carta convite de alguma instituição ou alguém, junto com uma cópia do passaporte de um responsável.

...

Desisti.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Green Park




E novamente o relógio!



Guy Fawkes e o Palace of Westminster


Guy Fawkes foi o cara que em 1605 tentou explodir a House of Lords, o Rei e toda a monarquia inglesa. Ele foi pegou com a mão na butija. Foi torturado e morto junto com seus comparsas. E, desde de então, se comemora o dia de Guy Fawkes com fogos de artifício (Bonfire Night). Também neste dia, 05 de Novembro, se queimam os bonecos que representam o Guy - que nem a tradição a do Judas na cultura católica. Aliás, ele era católico.

Um grandioso chabu que se comemora com fogos de artícios.

O Guy Fawkes é a figura na qual se baseia o personagem do “V de Vingança”.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Meridiano Luz ou Ephemerides e as Luas de Galileo









Continuo na busca pela meu meridiano. Em que ponto estou?

Galileo buscou também um método para encontrar a Longitude. Criou as Ephemerides, uma tabela de movimentos das quatro luas de Júpiter. Pelo movimento regular das luas observadas por telescópios era possível ter um relógio do universo. Assim seria possível calcular a diferença do horário de onde tinha saído e de onde se estava.

Seu método caminhou bastante mas o mar... no mar tudo balança e a observação das luas depende em muito de uma estabilidade. Não funcionou como instrumento de navegação. Mas foi fundamental para o aperfeiçoamento dos mapas.


domingo, 20 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A história de Greenwich... bem resumida!

Vamos lá. Pesquisei um pouco hoje na British Library sobre a história do Meridiano de Greenwich. E deixo aqui um pequeno resumo.

Desde a época dos “descobrimentos” e da navegação exploratória já havia uma noção da latitude nos mapas. A posição em relação ao Equador (latitude) era medida por estrelas que permanecem “fixas” no céu. No hemisfério Norte é a Estrela Polar e, no Sul, o Cruzeiro do Sul – que está lá na nossa bandeira brasileira. Entretanto, medir a longitude sempre foi um problema. Quando o homem ocidental se deu conta de a Terra era redonda, e portando mensurável, começou a procurar então uma maneira de saber exatamente a sua posição no oceano para assim economizar tempo e dinheiro – e também para “economizar” vidas que se perdiam no mar. E que interessante é perceber nesta história que para o homem controlar o espaço, teve que controlar o tempo!

Em 1714 o governo britânico oferece um prêmio de vinte mil libras (isso era muita grana, o equivalente a 2,7 milhões de libras) para quem conseguisse descobrir um método que medisse com precisão a longitude. Dois caminhos eram explorados: o relógio lunar, que a muito tempo era utilizado mas que não tinha uma grande precisão e exigia complicados cálculos; o outro era o uso do relógio mecânico. Este segundo caminho era baseado na idéia de que, sendo a Terra redonda, o navegador poderia medir o horário local no mar através de um relógio solar e comparar com o horário do relógio ajustado no local de saída. Saberia assim a diferença de horas entre um ponto e outro, chegando assim a sua longitude.

O caminho do relógio lunar chegou a ser aperfeiçoado numa tabela (que aliás já estabelecia um ponto zero de referência) mas o vitorioso foi o britânico clockmaker John Harrison. Ele conseguiu resolver o problema de funcionamento do relógio em alto-mar, já que não os relógios com pêndulo balançavam com o barco e perdiam sua medição. O cronômetro marinho como foi chamado é o nosso conhecido relógio de bolso, o relógio de corda.

No tempo do desenvolvimento do relógio, o Reino Britânico entrou em guerra com a Espanha (War of Austrian Succession) e escondeu a todo custo a sua descoberta pois isso podia implicar na derrota! Veja aqui a importância que o governo dava a esta descoberta tecnológica.

O relógio H4 foi desenvolvido depois de modelos anteriores e neste momento o britânicos tinham uma técnica de navegação mais desenvolvida do que todos as outras nações da Europa – talvez do mundo, não sei...

O fato é que este salto tecnológico explica muito a primazia dos britânicos no mar.

Depois disto foram aperfeiçoados os sistema de medição da longitude baseado no relógio. O relógio master de Shepherd consegui sincronizar os relógios pelo mundo, também comissionado pelo governo britânico.

No final do século XIX, várias cidades eram adotadas como meridiano zero: Paris, Lisboa, Nápoles, Stockholm, entre outras; afinal o sistema de medição pelo relógio mecânico, ao contrario do sistema do relógio lunar, possibilitava qualquer ponto como referência. Na International Meridian Conference realizada em 1884 em Washington DC, em pleno auge do Império Britânico, foi decidido o uso do Meridiano de Greenwich depois de uma disputa com Paris. E então Greenwich passou a ser definitivamente o centro do mundo.


...
Bem... Eu?
Eu continuo a procura do Meridiano de Si Mesmo. Meridiamo.
Vou oferecer um prêmio de 6.800 Libras pela minha longitude.
A latitude já encontrei. Mas continuo perdido.
Assim mesmo sem relógio...
...





quarta-feira, 16 de setembro de 2009

National Maritime Museum

Ontem fui ao National Maritime Museum que detém sob sua direção o Observatory Greenwich e Queen's House - perceba a interessante ligação entre estas instiuições e seus sentidos: a marinha, a pesquisa sobre a cartografia e instrumentos de navegação e a casa da Rainha. Fui tentar buscar mais informações que possam compôr uma visão in loco desta discussão sobre a constituição do Império Britânico.
Bem, o Museu é um tanto fraco mas o mais interessante é o discurso feito na exposição sobre migração.
A exposição começa contemplando a empresa P&O (www.ponl.com) que é um dos patrocinadores da exposição. Esta empresa foi a grande responsável, juntamente com a Cunard, pela logística e transporte de pessoas do Império Britânico. Nesta mesma exposição estão expostos cartazes do séc XIX que fazem publicidade das viagens intercontinentais, as viagens que na prática levaram estes britânicos para morar em outras partes do planeta. Claramente a divulgação era feita para 2 lugares: EUA e Austrália. Isso não era a toa. Não tinha África, nem Caribe.
Hoje na British Library vi um atlas escolar de 1920 que mostrava as colônias britânicas com população branca: Austrália, Canadá, África do Sul e Nova Zelândia.
É claro que existia uma política orientada em levar população branca para viver em certas partes e em outras deixar o pessoal operacional, apenas o necessário para controlar e manter o comércio.
Nesta mesma parte do museu se falava sobre migração. Então ficava aquela pulga atrás da orelha: e o mercado de escravos que os britânicos tanto exploraram? Ai embaixo numa letra pequena se lê: migração forçada ou não-forçada.
Neste Museu, que tinha muitos britânicos velhinhos, foi a primeira vez que senti racismo aqui. A mulher que guardava as bolsas simplesmente pendurou minha mochila de cabeça para baixo! Quando fui pegar as coisas dentro... what a mess! Fica díficil responder em inglês.

Abraço,
dcfl