sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Greenwich, onde o mundo se divide em dois.







É verdade que estou me cobrando. Mas o caminho para me sentir melhor é procurar como me adaptar a esta nova situação de vida. É por um período mas é longo para mim pois estou longe de vocês. Eu me coloquei nesta situação pois sabia que era algo novo, diferente das outras viagens que já fiz. É um tempo mesmo para se encontrar. Percebo que mais premente é perceber estas mudanças internas.

Estou perdido e não sei bem para onde seguir. Me seguro em algumas coisas que parecem mais concretas e que tem algum sentido de continuidade. Percebo agora que não tem mais um objeto a ser investigado. Engraçado, pois todos os projetos escritos para instituição são baseados nisso, né?!

Acordei hoje de madrugada num estalo de lucidez. A minha transformação é a minha investigação principal. Talvez essa seja a principal razão da residência artística: se colocar num contexto distinto que permite, afinal, perceber o que lembramos e o que esquecemos. Qual o nosso ponto fixo e o que é a correnteza?

Nota:

Greenwich (AFI: [ˈgrɛnɪtʃ]) é uma localidade a sudeste de Londres, atualmente parte do borough. Famosa por lá se situar o Observatório Real de Greenwich a partir do qual é definido o Meridiano de Greenwich, onde por definição a longitude é 0º 0' 0" E/W, e que serviu de base para a definição do tempo matemático.

Um comentário:

  1. ô daniel. talvez seja isso mesmo. gostei disso. um meridiano de si mesmo. esse meridiano sempre me veio aa cabeça como algo temporal, alem do espacial. ai vem a historia de antes (do velho mundo) e do depois (america), o tempo das navegações, destinos impensaveis. entre os dois, tudo que eh certo e errado. talvez a historia dividida em 2. antes e depois. o ser humano sempre marcou coisas pra mostrar algo. sempre tivemos isso. no caso de nos mesmos, a mesma coisa. sempre colocamos marcas pra lembrar desses momentos. no corpo, na gaveta, na estante. estar só é foda. e num ambiente totalmente contrario. principalmente a lingua, velho. a lingua eh foda. por mais que a gente fale ingles, entenda, nao sentimos em ingles, e isso faz toda a diferença. grande abz, tamojunto.

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